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Em 15 anos, número de doentes de alzheimer deve dobrar no mundo

A data de 21 de setembro é dedicada ao Dia Mundial de Conscientização de Alzheimer, que tem como objetivo atrair a atenção dos governos, mídias e sociedade para a enfermidade. Segundo o Instituto Alzheimer Brasil, cerca de 35,5 milhões de pessoas no mundo inteiro sofrem com a doença, e o mais recente relatório sobre Alzheimer, realizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), afirma que o crescimento do número de casos é alarmante, chegando a 65,7 milhões em 2030 e a 115,4 milhões em 2050.

O médico Eduardo Hulmmelgen, neurologista do Hospital Angelina Caron, explica que o Alzheimer é uma doença que afeta não só o paciente, mas toda a família.

“A doença inicia de forma lenta e piora gradualmente. Compromete a capacidade cognitiva e causa dificuldades em pensar e compreender, confusão durante a noite, delírios, perda de memória. O comportamento pode ficar agressivo, surge a inabilidade de cuidar de si mesmo, o humor muda e é muito comum a desorientação topográfica. São normais também os quadros de incontinência urinária e a incapacidade de controlar os movimentos musculares”, conta o especialista.

A síndrome de Alzheimer foi descrita pela primeira vez em 1907 pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer e é a forma mais comum de demência. A incidência da doença aumenta a partir dos 60 anos e alcança praticamente 40% dos pacientes nonagenários, sendo a idade o maior fator de risco. “A doença ainda é estudada e não temos amplo conhecimento de todos as suas causas e progressão. O que sabemos é que é um transtorno neurodegenerativo. Atividades que estimulem o sistema cognitivo, como exercícios físicos e mentais, aliados a uma dieta saudável, podem retardar a sua chegada”, alerta.

A doença ainda não tem cura, mas o tratamento é realizado com medicamentos específicos e terapias que trabalham as emoções, a cognição e estimulam o cérebro.